sábado, 15 de dezembro de 2012


TROMBOSE VENOSA DE SEIOS CEREBRAIS – RELATO DE CASO
Autores: Bevegnú, Ana Maria¹; Oliveira, Luana Reinstein²; Rodrigues, Lucas Kreutz²; Teixeira, Daniela Oliveira³.
1- Médica, formada pela UFSM
2- Acadêmicos do curso de medicina
3- Médica Neurorradiologista intervencionista do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM)
Apresentadora: Luana Reinstein Oliveira
INTRODUÇÃO: A trombose venosa dos seios cerebrais (TVSC) é uma doença incomum, porém com o avanço dos métodos de imagem o diagnóstico tem sido realizado com mais frequência. Suas manifestações variam desde cefaléia intensa até acidente vascular cerebral. Acomete mais as mulheres e apresenta maior incidência quando associada à gestação, puerpério, uso de anticoncepcional oral e infecções. O diagnóstico precoce é a base para o sucesso terapêutico. OBJETIVOS: avaliar o prognóstico de paciente submetida ao tratamento de trombose venosa dos seios cerebrais. METERIAIS E MÉTODOS: Paciente feminina, 54 anos, branca, com história pregressa de ataque isquêmico transitório sem sequelas e de terapia de reposição hormonal, apresentou cefaleia intensa com progressão rápida para confusão mental, crise convulsiva, plegia e disfasia. A paciente progrediu com piora do quadro clínico, evoluindo para ventilação mecânica. Foi suspeitada trombose venosa de seios cerebrais e realizaram-se exames de imagem (tomografia e angiografia) confirmando o diagnostico. Iniciou-se tratamento clinico com trombolítico. Após o tratamento, houve acompanhamento da paciente para avaliar a melhora durante a internação, na alta hospitalar e continua sendo feito follow-up que está em 17 meses. RESULTADOS: observou-se que o tratamento com trombolítico teve como resultado remissão dos sintomas. CONCLUSÃO: A TVSC é causa aguda de doença neurológica. O diagnóstico precoce é importante e possibilita um melhor prognóstico. A trombólise endovascular é uma opção terapêutica a ser considerada e tem apresentado elevados índices de sucesso. O tratamento com trombolíticos e anticoagulantes demonstra melhora do quadro clínico, com menor risco de complicações hemorrágicas. Mesmo sendo considerada uma doença grave, pode haver melhora significativa das alterações neurológicas ao longo de meses ou anos.
Referências:
Rahman M, Velat GJ, Hoh BL, Mocco J. Direct thrombolysis for cerebral venous sinus thrombosis. Neurosurg Focus. 2009 Nov;27(5):E7. Review.
Coutinho JM, Ferro JM, Canhão P, et al. Cerebral Venous and Sinus Thrombosis in Women. Stroke. 2009 Jul;40(7):2356-61.
Mallick AA, Sharples PM, Calvert SE, et. al. Cerebral venous sinus thrombosis: a case series including thrombolysis. Arch Dis Child. 2009 Oct;94(10):790-4. Epub 2009 Jun 24.
Stam J, Majoie CB, van Delden OM, et. al. Endovascular throm bectomy and thrombolysis for severe cerebral sinus thrombosis: a prospective study. Stroke. 2008 May;39(5):1487-90. Epub 2008 Mar 13.
Coutinho JM, Majoie CB, Coert BA, et al. Cerebral venous sinus thrombosis risk factors. Stroke. 2009 Jun;40(6):2233-5.
Srivastava AK, Kalita J, Haris M, et al. Radiological and histological changes following cerebral venous sinus thrombosisin a rat model. Neurosci Res. 2009 Aug 26.
Endovascular Treatment of Infective Aneurysms of the Bilateral Cavernous Sinus. Clin Neuroradiol 2009 May.
Septic Cavernous Sinus Thrombosis with Bilateral Secondary Orbital Infection. Orbit 2007.
Cerebral Venous Thrombosis: A Case Report. The Journal of Emergency Medicine 2009.
Cavernous Sinus Thrombosis Secondary to Facture of Posterior Maxillary Sinus Wall. NYSDJ Aug/September 2009.

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