sábado, 15 de dezembro de 2012



AVALIAÇÃO DA MARCHA E FUNCIONALIDADE DE IDOSOS, QUE REALIZAVAM FISIOTERAPIA, NA ALTA HOSPITALAR DE UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO
Mota LM¹; Werle RW2; Werle NW1; Schuch LH3
Universidade Federal de Santa Maria, RS
1 Acadêmico(a) do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria-RS (UFSM)
2 Fisioterapeuta Especialista com Residência em Atenção ao Paciente Crítico pelo programa de Residência Integrada em Saúde do Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre-RS, (GHC/POA);
3 Médico Residente no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR)

INTRODUÇÃO: Pacientes internados tem incidência de 30% a 60% de desenvolvimento de disfunção motora, gerando redução da força muscular e prejuízos funcionais. A Fisioterapia é utilizada nestes casos como um recurso para prevenção da fraqueza muscular, hipotrofia e na recuperação da capacidade funcional.OBJETIVO: Avaliar a marcha e as atividades de vida diária de idosos que realizavam Fisioterapia durante a internação, através do Índice de Tinetti1 e Katz2.MÉTODO: Estudo transversal descritivo, realizado na unidade de internação da Clínica Médica com pacientes que realizavam Cinesioterapia motora e respiratória (quando necessário) duas vezes ao dia durante internação. Os dados foram coletados na alta hospitalar, no período de Março à Abril de 2012.RESULTADO: Amostra composta de 25 pacientes, com média de idade de 71 anos (±5), variando entre 61 e 80 anos, sendo 16 (64%) do gênero masculino. Três (12%) apresentaram como diagnóstico Acidente Vascular Cerebral, 11 (44%)colelitíase e doença vesicular, 3(12%) erisipela, 4(16%) insuficiência cardíaca congestiva, 3(12%) doenças pulmonares e 1(4%) úlcera de membros inferiores.Vinte pacientes(80%) não possuíam hesitação para início da marcha e possuíam passos semelhantes, 21(84%) deambulavam continuamente sem fazer paradas, 14(56%) não necessitavam de uso de apoio, mas 11(44%) faziam uso de apoio e possuíam desvio leve da marcha. Dentre os pacientes, 15(60%) não recebem assistência para tomar banho, 13(52%) escolhem e vestem as roupas sem ajuda, 18(72%) não precisam de auxílio para realizar a higiene pessoal, 19(76%) conseguem levantar e deitar sem ajuda e 14(56%) não necessitam de auxílio para alimentação. A média de tempo de internação foi 10 dias (±6), variando entre 4 e 35 dias.CONCLUSÃO: Os pacientes apresentaram considerável independência, poucos necessitaram de assistência, apesar de serem idosos e do tempo de internação prolongado. Sugere-se que a realização da cinesioterapia motora continuamente durante a internação seja o fator causador deste incremento no desempenho motor. A Fisioterapia nestes pacientes é apontada como viável e segura, oferecendo benefícios físicos, melhora da funcionalidade e manutenção da força muscular.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1 Freitas E.V. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia.RJ:Guanabara Koogan, pp615, 2002.; 2 Freitas E.V. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia.RJ:Guanabara Koogan, pp613, 2002; 3 Silva APP, Maynard K, Cruz MR .Efeitos da fisioterapia motora em pacientes críticos: revisão de literatura. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2010; 22(1):85-91

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